domingo, 26 de abril de 2015

Caminhando e Acampando em Tiradentes-MG

Ô trem bão acampar em Tiradentes, sô!

Fomos felizes nesses dias no Camping Tiradentes. 



Bem... começar a relatar a nossa acampada feliz, de 3 dias, em terras mineiras.

Saímos no sábado, dia 18 de abril, daqui de Niterói/RJ, às 9 horas da manhã (depois de alguns contratempos de organização da infra) e chegamos em Tiradentes/MG por volta das 14 horas.

Pegamos a Ponte Rio-Niterói, depois seguimos pela Linha Vermelha até a rodovia Washington Luiz (nome do trecho da BR-040 entre o Rio de Janeiro e Petrópolis), daí continuamos pela BR-040 até a cidade de Barbacena, onde entramos na BR-265 em direção a São João del Rey e Tiradentes.

Abaixo podemos ver o caminho elaborado pelo site www.mapeia.com.br. Além de apontar o melhor caminho, o Mapeia calcula a quilometragem, o tempo de viagem, os gastos com combustível e a localização e valor dos pedágios (esses símbolos pretos no mapa).



A BR-265 é uma rodovia pavimentada de pista simples, com a terceira faixa implantada em alguns trechos de aclives. Percorre-se cerca de 54 quilômetros de Barbacena até Tiradentes. A figura abaixo indica a entrada de Tiradentes e as principais localidades da região.



A próxima imagem indica a localização do camping, da estação da Maria Fumaça que parte em direção a São João del Rey e o início da trilha do Mangue para a serra de São José, que fizemos na segunda-feira. Em breve colocaremos aqui no blog o caminho percorrido na trilha.



Abaixo, em detalhe, a área do camping Tiradentes. É importante observar que nem toda ela é aproveitada para a colocação de barracas, mas, ainda assim, há uma área consideravelmente grande para barracas e motorhomes. O camping fica entre os rios e o trilho do Maria Fumaça.



O camping fica bem no encontro do rio Elvas com o rio das Mortes. Observe que há uma pequena prainha na curva do rio Elvas, logo depois da pontilhão da Maria Fumaça, onde é possível tomar banho. É ali também que chega o bote para quem faz o passeio (floating) pelo rio Elvas, que pode ser contratado com uma agência local.

Clique na imagem a seguir para baixar a carta topográfica de Tiradentes, folha SF-23-X-C-II-2.


Pela estrada, fomos ouvindo o som de Minas. Milton Nascimento, Flávio Venturini, Lô Borges e tantos outros...

seguindo a canção com Flávio Venturini...

Ao chegar, fomos recebidos por Luiz e Isabel, os donos do camping, de forma muito carinhosa, o que nos deixou bastante a vontade. 

Depois andamos para fazer o reconhecimento do local e decidirmos onde montar a "Lindona". O camping é grande, gramado e com algumas árvores de muita sombra.


Para instalarmos a "Lindona" escolhemos o lado mais próximo da cerca, que vai margeando a linha do trem. Ali existem pontos de energia (110 e 220V) e uma torneira com cuba (o que facilitou muito na preparação das refeições na barraca).




A estrutura do camping é boa. Existe uma bateria de banheiros masculino e feminino, que fica próxima à casa sede, que conta com 2 boxes com chuveiros elétricos e 2 boxes com vaso sanitário (esse quantitativo é tanto para homens, quanto para mulheres). Os banheiros são limpos e tem instalação toda nova.




Ao lado da entrada do camping tem mais um banheiro completo para homens e outro igual para mulheres. 



Como havia poucas barracas no camping nesse período o número de banheiros foi suficiente para atender a demanda, mas em temporadas de muito movimento acreditamos ser insuficiente, já que o espaço do camping é bem grande, podendo acomodar muita gente com barracas, motorhomes e trailers.

Há também uma pequena cozinha comunitária com geladeira, fogão e pia para lavagem de louças. Tudo muito limpinho!


Cozinha comunitária e ao lado as suítes para quem não quiser acampar
No sábado, à noitinha, fomos convidados pelo Luiz a darmos uma chegadinha na cozinha da casa e trocarmos um dedinho de prosa. Diga-se de passagem que a casa sede é linda, feita pelo próprio Luiz, que utilizou materiais de demolição.



Na cozinha ficamos encantados com o fogão a lenha, onde a Isabel prepara comidas deliciosas. Se um campista quiser tomar o café da manhã na casa sede é só avisar com antecedência e, com certeza, vai apreciar a comida caseira mineira feita com muito carinho.



O dedinho de prosa foi regado a cachaça local e queijo feito em casa.



A noite fomos ao centro histórico de Tiradentes, e aí né? Difícil resistir à boa comida e cerveja local...  O teor alcoólico ficou um tanto alterado nesse dia... afff!!!






A cidade é linda à noite.







Domingo, dia de conhecer novos lugares: São João Del Rey!









A caminho de Bichinho.

Paradinha para tomar um cafezinho sem pressa.




Cafezinho nesse lugar... com essa vista...





Até que chegamos em....



Como resistir ao artesanato local? Em Bichinho você encontra muita coisa bonita, algumas produzidas por lá mesmo, outras feitas em Santa Cruz de Minas, município localizado entre Tiradentes e São João del Rey, onde você pode encontrar as mesmas peças por um preço bem mais em conta.







E a uma cervejinha gelada numa tarde quente?



Noite no camping e começar a preparação para o dia seguinte



E chegou a segunda-feira bem cedinho no Camping Tiradentes, depois de uma noite de muita chuva...

Neblina baixa... sol que racha!



O tempo abriu e fomos rumo à Estrada Real para fazer a trilha do Mangue na Serra de São José. O bacana que fomos sozinhos, sem guia, e não sabíamos o que iríamos encontrar pela frente. Não seguimos a recomendação da placa, mas contamos com o auxílio luxuoso de um GPS e de uma imagem de satélite impressa a partir do Google Earth... vai que...

Refúgio da Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José

Subindo a Trilha do Mangue
Depois de uma subida leve começamos a avistar as montanhas das Gerais.


Caminhando um pouco mais, chegamos à cachoeira do Mangue.



Seguindo em frente pelo caminho de pedras feito pelos escravos no Séc. XVIII...




Chegamos nesse poço de água fresquinha... delícia!!!!




Depois dessa pausa, pra refrescar do calor, subimos mais um pouco pelo caminho de pedra que leva até Águas Santas. 



Fomos até o muro de pedras feito pelos escravos e decidimos iniciar a descida, por causa do tênis do Sylvio, que começou a soltar a sola. Olha só o estado da bota de caminhada. Tivemos que cortar o cadarço e amarrar pra não soltar e chegar até o fim do caminho.





E vamos nós descendo a Serra de São José...


E encontrando pelo caminho... a flora da serra.



E as cachoeiras...



E mais uma paradinha pra refrescar...


E vamos descendo margeando o paredão e encontrando outras cachoeiras que, infelizmente, estão com pouca água.


Agora os caminhos são feitos de quartzo branco.


E ainda tínhamos um paredão pra enfrentar na descida


E descendo o paredão tendo à direita as cachoeiras... muito lindo!


Lá em baixo, o trem indo pra São João del Rey.


E agradeço o presente do Sylvio... o bastão de caminhada da Nautika que tanto me ajudou nessa caminhada. Viva!


E finalmente, depois de 4 horas percorrendo a Serra de São José...


Chegamos!!!!!!


Linda trilha... difícil no final, mas valeu a pena! 

A bota mostra bem o desafio vencido.


Momentos pra guardar no coração

A hospitalidade do Luiz e Isabel
 Tudo do camping Tiradentes: queijo, doce de leite e os ovos. 
O leite da vaquinha que pasta feliz perto do rio e ovos das galinhas que passeiam livres por aqui.. por ali...

E os cachorros do Luiz e da Isabel que nos davam a honra da companhia

A Maria Fumaça que nos alegrava com o seu apito e o som nos trilhos bem na porta do camping

A estação de trem de Tiradentes, de onde parte o trem turístico em direção a São João del Rey

O ambiente bucólico de Tiradentes abraçada pela Serra de São José

É porteira aberta pra ir e pra voltar...



Voltaremos!




Saudações Campistas!

Caminhando e Acampando
e seguindo a canção